Hoje falei com a minha irmã...Evito sempre falar com ela (mesmo pela net),porque não pretendo qualquer tipo de aproximação com o nosso pai.Assuntos delicados,longos e nada agradáveis para serem recordados...
Está gira a Inês,muito parecida com a mãe dela,(mas ela gosta de sublinhar que com o nosso pai também),também usa aparelho..Vai fazer 12 anos.
Está sempre a dizer quando é que eu vou ter com ela,quando é que estamos juntas...Com muita pena minha,nem eu sei quando...Se vi a minha irmã 10 vezes foi muito,estar com ela realmente,só estive 2 vezes.Quando nasceu,e quando tinha os seus 4 ou 5 anos,numa vez em que fui jantar a casa do nosso pai.
Ela estava sózinha em casa quando falei com ela..mas mal o pai dela e a mãe dela chegaram do treino,arranjei logo desculpa para sair,e nem lhe dei chances de ela voltar a ligar a web-cam para vermos o nosso pai.Até me custa chamá-lo pai...
Pai verdadeiro só senti que foi o Zé Carlos,a partir do momento que o meu outro pai saiu de casa,e tornou a minha vida e a da minha mãe num inferno.Assim como também,uma parte da vida do Zé Carlos.
Uma pessoa de carácter extraordinário,um ser incrível de tamanha bondade e por quem acabo sempre por escorrer lágrimas quando me recordo dele...
Por isso,fico por aqui...
Ainda não ganhei a força necessária para explicar e escrever,um dos episódios mais dramáticos da minha vida,e que me fez parar na escrita.
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